sábado, setembro 06, 2008

Uma Estória (16 - parte 1)


Conticho

Ao quarto toque do alarme despertador do telemóvel, Brid Patt pega furiosamente no aparelho e com força maior que a necessária, prime o botão que o faz desligar-se.

– Damned noisy things! – Desabafou enquanto virava o corpo para o outro lado da cama a ajeitar a almofada.

Eram seis menos um quarto (AM) quando finalmente poisa os pés no chão e o cérebro na caixinha dos pensamentos. Brid tinha uma hora e meia para chegar ao aeroporto e levantar voo até LA onde o esperava a sua lindíssima mulher Julinina. Anjúlia, para juntos rumarem a um país africano, provavelmente, em missão da Onu da qual ela é embaixatriz. Porém, a bordo e após terem insistido imenso com ele para que aceitasse tomar o pequeno-almoço americano, não se sentiu bem disposto e levantou-se para rapidamente ir ao wc lavar a cara. Ainda não estava bem. Teria sido o bacon que por vezes lhe causa reacções realmente estranhas, mas nunca como no momento. Que mais poderia ter sido? Lembrou-se que apesar de ter usado duas ou três pastilhas de adoçante no café, (Não faço publicidade à borla de jeito nenhum!) este lhe soubera amargo ainda. Hmmmm..

Sentou-se no lugar mais próximo que encontrou, mas de repente, ficou muito agitado, confuso e um pouco tonto. No entanto, passara-lhe o enjoo. Tentou acalmar-se – em vão. Começou a tremer, piscava os olhos e sentiu uma enorme vontade de movimentar-se, correr, pular, sei lá – dançar e apanhar um pouco de ar. E daí até ao compartimento de bagagem e equipamento, foi um salto. As pessoas aplaudiam-no pensando que ele estaria a representar: “Fixe, fixe, Brid!!“ Passou por elas, empurrou o comissário de bordo fazendo com que se estatelasse no chão. Apertou o primeiro pára-quedas que apanhara a jeito contra o corpo, pulou os dois vãos de escada até ao porão, e, abrindo a pequena porta, lançou-se para fora do avião.

Ar! Finalmente ar, muito ar, todo o ar: – “Estou no ar, iuuuuuupppy, iuuuuuupppy yaaaaa!!!!”

O Vento não queria acreditar em tal proeza e encantado por ele, apanhou-o nas mãos embalando-o no colo por um tempo. Depois, decidiu conceder-lhe uma longa e inesquecível valsa fazendo-o voar pelos quatro cantos do mundo.
Admirando tudo, com uma imensa alegria e comovido, Brid abraçou-o fortemente e muito grato.
Contou-lhe sobre o seu encontro com Julinina em LA, mas o velho Vento já um pouco cansado ou porque se passara do clima, quiçá, ao aproximar-se do anti-ciclone dos Açores, virou à esquerda e pousou-o docemente no chão, como se fora um bebé, seu neto, e, subiu, subiu até desaparecer por entre o lindíssimo amontoado de nuvens cor de rosa que haviam adormecido sobre um plácido mar estendido lá ao fundo do horizonte.
Patt estalou os dedos para se saber acordado – ou não. Beliscou-se, doeu. Sim, estava, mas não sabia onde.
Em plena Praça do Comércio! – De onde partiu rapidamente sem contudo ter traçada uma direcção precisa.

Duas ruas abaixo e perpendiculares ao Rossio, avistou um grupo de homens reunidos à porta de um estabelecimento que lhe pareceu ser um bar, uma vez que, cada um, segurava nas mãos, o seu copo. Estranhou o diminuto tamanho dos recipientes, mas, sentindo uma súbita e tremenda sede, correu para lá e pediu: “A beer please!”
– Aqui é pinga, meu! Ginja com elas, queres ver?
Divertido, aceitou o copito que lhe ofereceram e vai de gole. Apanhou-lhe o gosto e pediu outra de seguida. Às duas por três, estava lançado, e, se não fora ter avistado uma limousine rodando vagarosamente com pompa e circunstância rua acima, por ali ficaria a encher-se de ginja com conversa pelo meio que não entendera nem um pouco e decidiu seguir o carro até este parar junto a uma passadeira encarnada estendida ao longo de toda a avenida e em torno da qual, se amontoava uma massa de gente curiosa que espreitava as figuras que iam chegando uma a uma, por períodos de tempo regulados.

Com todo aquele aparato, acordou finalmente para a sua real rotina, pensando que estaria no local certo e que a sua querida Anjúlia não tardaria muito mais a aparecer e a ficar junto dele. Decidido, alargou o passo avançando para o longo tapete, a recompor o cabelo, o fato, pronto a rasgar o melhor sorriso para as câmaras e a acenar a todo aquele público que certamente também o aguardava. Foi então que sentiu um forte aperto no braço, puxando-o para trás. Voltou-se e muito espantado, deu com o enorme segurança que o impedia de passar adiante: “What?! Are you crasy man, dont you see? I’m Brid Patt!!!!
– Pois, tá bem, e eu cá sou o Xico Fininho, pá! Cá pr’a trás, cá pr’a trás meu que não te vi sair de carro nenhum e essa do inglês não pega! Ele é com cada um…

A coisa estava a ficar preta e Brid, talvez que à conta da ginja, ganha uma força brutal, solta-se de rompante e corre para a frente das câmaras onde é efusivamente aplaudido. É a loucura total! Incrédulos, os fãs gritam por autógrafos e ele, simpaticamente acede e escreve em todos os papeis, t-shirts, mãos, ombros, barrigas, costas; tudo o que lhe metem à frente e cumprimenta toda aquela gente.

O segurança não tem mãos a medir, pede reforço mas, o colega que corre agora a seu lado, tenta convencê-lo: “Deixa pá! Se não é o gajo até que é parecido, man. Pode ser um duplo, sim, mas inda assim a minha Florinda desfaz-me se não lhe levo um autógrafo. Pensa nisso!!”
– Passaste-te pá? Isto são lá tempos de se deixar passar coisas destas! Temos que revistá-lo, sacar-lhe o B.I. e essas tretas. Vamos!
– Em directo, na gala da TBI ?! E se isto é show armado p’la Nela Loura Deves, lá por coisa das ódiências ?
– Bom, fica lá então d’olho no homem enquanto tá entretido c’a caneta para eu dar um toque ó chefe… Tá lá, chefe? Passa-se assim: Tamos aqui eu com o Paiva na gala da TBI e temos um gajo na passadeira vermelha a dar ótógrafos ó pessoal que se diz ser um tal de Brid Patt – aquele lá d’Óliude, tá a ver, e a malta o que vá de fazer?
Ah… bom, ok, ok, sim chefe, tá-se, espero.
– E atão? – pergunta o Paiva.
– Temos c’aguardar que o chefe contacte directamente a organização do evento, mas que entretanto na despregues o olho nele.
Aguardo sim chefe – e diz que nestas coisas tudo é possível… – Sim chefe, aguardo – …Pois é, diz que s’inté o Zé Pastel Bronco grava um disco, também pode muito bem ser que tenham mandado vir uma réplica do actor, ou assim… – aguardo, chefe.
– Ê nã te disse? Bora lá meu, dar segurança ó homem qu’inda é a gente que se lixa!

Mas já era tarde. A euforia era tal que nem os fotógrafos e repórteres se seguravam mais. Gerara-se a confusão total, disparavam-se flashes das câmaras fotográficas, o chão estava coberto por um emaranhado de fios e as pessoas corriam, tropeçavam neles e caíam desamparadas no solo impedindo a aproximação dos guardas de serviço. O Paiva metia as mãos à cabeça, chamava pelo colega e este pl’o chefe que lhes gritava ordens que não se entendiam. Foi então que alguém com bom senso, uma rapariga, que, na fila e bem atrás do rapaz que acabava de ser autografado na testa, se chega à frente e grita ao actor: “ Watch out, Brid, please hurry up and follow me!!”

Alarmado, finalmente dá-se conta do que sucedia e obedece àquela voz que não sabia bem de onde vinha. Atira-se. A rapariga oferece-lhe a mão e uma vez mais ordena-lhe que a siga, puxando-o determinada.
As luzes e as câmaras procuram-no voltando-se agora apressadamente para o outro lado da passadeira que até há segundos se mantivera praticamente às escuras. Levam um tempo de vantagem e então correram os dois o mais que podiam. Nesse momento, todos os olhos se fixam automaticamente no ecrã gigante montado na fachada principal do edifício, no qual, somente passavam vultos e sombras esbatidas a uma velocidade incrível, caras desconhecidas, tal era o desatino geral e a pressa dos operadores em descobri-los.

Já um pouco afastados da multidão e perto da esquina, a tomar fôlego e todo o cuidado, a mulher abranda por um pouco a corrida, antes de se decidir dobrá-la. A rua está quase deserta e pouco iluminada.
– Podemos ir – assegurou-lhe ela – e não tarda estarás em segurança, prometo-te.
Brid suspirou aliviado e sorriu-lhe. Passou novamente a mão pelo cabelo, fez o mesmo com o dela, ajeitando-lhe a teimosa madeixa negra caída sobre um dos seus olhos. A rapariga deu-lhe o braço e sugeriu que seguissem como se fossem dois amigos em passeio. Rindo, atravessaram por fim a rua. Em tom de sussurro, ela informou-o de que estavam quase a chegar. Contudo, a uns cinquenta metros adiante, depararam com um inesperado carro de exterior, cuja equipa estaria ali a postos para qualquer eventualidade, como esta boa hipótese de surpreendê-los, se é que já estariam informados sobre o seu caso.
– Pode ser que não – apostava ela optimista, fazendo-o parar enquanto fingia apertar um sapato para observar o grupo em acção.

Um jovem repórter aproximara-se de duas senhoras e perguntava-lhes se estariam a caminho da gala da estação de tv para assistirem à chegada dos artistas.

– Podemos passar. Agora! – Determinou ela voltando a dar-lhe o braço com o ar mais descontraído que conseguiu. Brid concordou, até que um pouco para o divertido.
– Também és actriz? – Noutra ocasião ela teria rido alto com gosto, mas limitou-se a abanar negativamente a cabeça, assumindo o papel de sua protectora.
– Não, nem de telenovela – piscou-lhe um olho convidando-o a adivinhar sobre a sua pessoa e profissão – não tenho o mínimo talento nem vocação – afirmou.
– Então estou finalmente nas mãos da fã que jurou raptar-me! – riu – polícia, ó da guarda!

As gargalhadas em uníssono foram inevitáveis chamando a atenção dos transeuntes sobre eles. As duas senhoras deliravam ainda com a entrevista: que estava tudo muito lindo, que logo que chegou o primeiro famoso desligaram o aparelho e saíram de casa para se irem plantar atrás do cordão dourado e já mandavam “jocas” aos netos, primas e tal, mas, o jornalista depressa as abandonou voltando-se para eles.

– Um cigarro – lembrou-se a rapariga. Acendeu um rapidamente e apressou o passo – vem, baixa a cabeça, olha para o chão e não pares, não pares.
– Um cigarro..?! – Olhou-a espantado – em vez de corrermos vais fumar agora?
– Claro, se fores uma pessoa vulgar e não estiveres para responder a umas perguntinhas de rua, acredita que nada é mais capaz de afastar uma câmara de televisão que um fumador, hum? Nós somos gente comum, não há aqui estrelas, ok?
– Certo, espertinha…

Mas desta vez e com efeito, não ia resultar. O jovem repórter confirmava as suas suspeitas e aguardava ordem, o tempo e condições para entrar no ar. A rapariga tentou persuadi-lo de um possível engano puxando a atenção para si, para o fumo que propositadamente lhe soprara na cara mas sem sucesso e em dois tempos decidiram fugir.
Tarde demais. Do outro lado da rua, o operador da câmara avançava com a máquina começando a filmar e no grande ecrã, já a imagem de B.Patt surgia em primeiro plano.

Brotavam todas as questões: Por que estaria ele em Portugal e mais propriamente na Gala da Tê Bê I, por que se encontrava ali sem a sua Julinina, sobre quem seria a rapariga, se o casamento teria terminado e assuntos afins…

Neste entretanto, a rapariga atirara distraidamente o cigarro fora, centrada em procurar maneira de saírem dali, e esse, foi rolando, rolando pela berma da estrada abaixo até chocar com um dos grossos cabos eléctricos desordenadamente espalhados pelo chão. Pouco tardou e sentiu-se um ligeiro cheiro a borracha queimada mas ninguém ligou.

Por falar em “ligar”, e assim que o técnico de luz prime o interruptor de um dos focos principais, dá-se um curto-circuito provocando uma pequena e primeira explosão. Depois a segunda durante a qual, a luz se torna tão intensa e impossível de se suportar que faz com que todos se sintam obrigados a tapar os olhos. Soltam-se faíscas de todos os lados e há quem pense que finalmente a festa começará de imediato com um imponente fogo de artifício. Não se diz coisa com coisa (mas isso é normal nestas andanças), ninguém sabe mais por onde começar, para onde ir, correr ou sentar a não ser a rapariga que, ainda atenta, observa que um dos fios bem próximo de B. Patt está prestes a arder e que ele corre o risco de ser atingido por uma chuva de grossas faúlhas que voam já na sua direcção. De um salto, atira-se para a sua frente de braços e mãos abertas pronta a protegê-lo como pode. Dá-se um enorme clarão, alaranjado, ouve-se um grito e a rapariga tomba instantaneamente no chão.

Por instantes faz-se noite no recinto e cai um silêncio profundo sem que contudo a maioria das pessoas entenda muito bem a que se deve. Há som, algumas câmaras estão operacionais e no ecrã vão já desfilando algumas caras conhecidas e ao acaso.
– Ah, isto está demais, demais, adoreeeii, chiquérrimo! – Diz o Zé Pastel Bronco realmente impressionado – mas como é que J.Tôlo não se lembrou de vestir-me de páraquedistaaaaaa…, está a ver…?

Após alguns acertos e de novo, todas as atenções se voltam para lá.
Brid encontra-se no centro daquele pequeno grupo reunido ainda ali sem terem tido tempo para mais que para o desmantelamento dos equipamentos a serem agora trocados por outros. O jovem repórter mantém-se em serviço mas é o primeiro a socorrer a rapariga ainda estendida no alcatrão. Procura levantar-lhe a cabeça e oferecer-lhe um pouco de água. A pouco e pouco recupera os sentidos, procura pronunciar uma palavra. Brid baixa-se e estende-lhe a mão que ela recusa pretendendo levantar-se por si só e dizer-lhe qualquer coisa que não se percebeu.
– Deixa-me ajudar-te, dá-me a tua mão, vá – segura-a e com alguma força, puxa a rapariga contra si. Já de pé, sente-se ainda um pouco tonta e confusa e Brid ampara-a carinhosamente mantendo a mão dela apertada entre as suas. Inclina-se e ao de leve, assenta-lhe o mais terno e grato beijo, dizendo: “thank you, salva-vidas desmiolada!”

É nesse preciso momento que acontece o inconcebível, espantoso e terrível facto: O actor vira sapo.

(Claro que era aqui. E claro, que não foi surpresa nenhuma. Tinha que ser, mais tarde ou mais cedo e então, por que esperar? Pronto, já está)

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh !! – É o susto geral.

Olhos esbugalhados, uma multidão boquiaberta. Uns chorando enquanto outros rindo, começavam a acreditar que é espectáculo – é espectáculo, é magia, só pode ser! – Grita um grupo divertido aplaudindo muito, muito.
– Viva, viva Tê Bê I ! – E mais palmas e suspiros – que isto está em grande, sim senhora!

Alguns concordam e esperam a aparição do “nosso” mágico Muis Latos, ou… ou será que também mandaram vir e em vez, o “Di” Copafild? – vá-se lá saber.

Numa sala à parte, algo atrapalhados, confusos e já para o assustados, reuniram-se os elementos da Organização.
– Alguém tem que esclarecer isto, é preciso fazer um comunicado – insistia uma antiga apresentadora.
– Mas nós… não temos um seguro contra incidentes destes… a ver com sapos, não? – Indaga o homem dos óculos consultando uma pilha de papeis cheias de gráficos às cores e números; nervoso, roendo lápis, uns atrás dos outros.
– Ó Zé, é preciso que alguém vá imediatamente ao palco dizer alguma coisa e dar-se início a isto de uma vez enquanto nos organizamos aqui e recolhemos factos concretos.
– Eu vou – saltou a Nela Moura Deves da cadeira, ansiosa por entrar em cena e ajeitando já o cabelo, os folhos, a boca…
– Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao !! – grito geral – todos menos tuuuuu!
– Parvos… chuiff…

Nisto, ninguém ousa pestanejar, mover um músculo, respirar. E é o jovem repórter que do seu posto rompe o silêncio e confirma: “È um facto, o nosso convidado… cof.., ou não, hmmm... estimado colega e actor estrangeiro conceituado, o famoso B.Patt, de facto, virou sapo – disse.
– Ohhhh ! (aumentar o som) – espanto – e agora?

Sim, e agora? Ninguém sabia. A organização mantinha-se encolhida à porta fechada. Tinham assistido dali e esperavam ainda a reacção das pessoas que cá fora formavam grupos para discutir o assunto, se deviam ir embora ou ficar. Começaram a procurar comida, tomar qualquer coisa, mas nada.
Daquela sala não saía ninguém nem lhes dizia o que fazer. A Li Caneco ia (in)discretamente procurando posicionar-se sempre na mira de qualquer câmara que visse por perto, pelo sim, pelo não, e ensaiando poses elaboradíssimas, mas isso é ela que é mesmo assim…

– Agora não sei – disse o Director Zé E. Nariz encolhendo os ombros – não estou preparado para isto. Vejam bem: numa situação destas chama-se os bombeiros, uma ambulância ou o quê? Mas alguém sabe?
– Não olhes para mim que eu não tenho nada a ver com isto! Tinha decorado bem as minhas deixas, percebes? – Queixou-se a Nela ainda de beicinho.
O das contas vasculhava de novo os papeis e começava a roer um lápis azul que por sorte alguém deixara por ali esquecido em cima da mesa do canto. Observando-o, a senhora forte de cabelo castanho, repuxado ao alto e atado atrás com uma fita de organza amarela e bem engomada, levantou-se e disse:
– Sim, comer. E por que não, se pelo que vejo nas imagens é o que aquela gente agora quer? – Levantou-se, correu para a porta, abriu-a e foi juntar-se ao grupo mais próximo contando aos outros o que (não) se estava a passar lá dentro da sala. – Se não trinco qualquer coisa desmaio – ameaçou..
– Mas isto é incrível, então ninguém nos diz nada? – Inquiriu um dos jornalistas mais afamados da concorrência, que diz telejornais de fio a pavio enquanto escreve pilhas de livros, usando aqui um ar muito sério e indignado.
– …?! – Entreolharam-se na sala. Nisto levanta-se o director, e decidido, liga o som e dali mesmo e em directo, pede-lhe:
– Mas diga-nos você, dom Rodrigo dos Cantos, sugira-nos qualquer coisa.
– Eu? Pois, está bem, está… Olhe, eu cá por mim não sei mas perguntava à autora.
– Mas qual autora..? – Gritaram-lhe meio intrigados, meio aliviados, finalmente vislumbrando a possibilidade de existir alguém a quem passar a responsabilidade desta trama – qual, quem, onde? – Suplicavam.
– A autora disto, ora, quem mais podia ser? – Disse o dos Cantos gozando o seu momento.
– Mas qual disto, disto o quê? Por favor seja mais claro e diga-nos a quem se refere, está bem?
– Ó senhores, haja juízo e pensem um pouco, vejam: a autora desta “coisa”, meninos! Riu-se: – Desta trapalhada, que seca, que nem se bebe é nada!!

(Continua...)

Por Malu de A Capela

8 comentários:

  1. Uaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuu!!!!
    Malu, Malu, Malu, Malu!!!!
    AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!
    Ena, ena, ena...

    Mas olha lá, ainda existem "lápis azuis" lolololol

    Estou simplesmente biquiaberta!

    Parabéns Maluzinha, fico na expectativa do desfecho!

    Um grande beijinho de parabéns, outro de saudades e outro de grande amizade

    ResponderEliminar
  2. Cátia linda!
    Quem é que imaginaria um sucesso assim?!!!

    Estou ansiosa por ler o teu...
    andas a fazer muito suspense!

    Um grande, enorme beijinho

    ResponderEliminar
  3. Malu querida,

    Bem sabes que me surpreendeu imenso o facto de me teres enviado uma estoria. Andas paradita com o teu blog mas caladinha lá foste escrevendo o "Conticho". :D Sabes o orgulho que é para mim ter esta estoria no meu canto, principalmente por tudo o que está por de trás dela... Mas sobre isso já falámos, e como diz o outro, isso agora nao interessa nada... eheh

    Não li a estoria toda, queria acompanha-la por aqui, pelo ticho, tambem. Mas a verdade é que com esta primeira parte já nos deixaste muita agua na boca... E até porque aqui nao se come nada... eheh.

    Fico, tambem eu, à espera ansiosamente da continuação... Porque sei que ainda há panos para mangas... ;)

    Obrigada por tudo querida...
    Beijinho mt grande e um abraço bem apertado

    ResponderEliminar
  4. Querida Fa,

    Ficaste boquiaberta? Mas olha que eu tambem quando recebi... Um pouco mais do que isso, mas isso agora nao interessa nada... Quem diria a nossa Maluzinha a fazer-me esta surpresa? Como eu lhe disse, "Sempre a surpreender..." eheh.



    Quanto a minha estoria, não está nada de especial, por favor nao cries espectativas... Depois de tantas estorias, tao boas... impossivel fazer melhor. Suspense? Nao, apenas decidi que a minha ficaria para o fim, fica tipo "carro vassoura"... lol.

    Quem imaginaria?! Eu nao... Como sabes, o desafio foi uma ideia louca que me passou pela cabeça... E vá la no deu. Estou muito feliz, e muito orgulhosa de todos vós.

    Beijinho mt grande

    ResponderEliminar
  5. Este desafio continua a surpreender!! Já viram a quantidade de estórias?? E o quanto são diferentes, mesmo tendo o mesmo "cenário" como inspiração?

    Bem... em primeiro lugar parabéns à Malu pela estória! Grande enredo.. Tem uma acção com muito movimento, o que faz com que seja lida bastante rápido, captando a atenção do leitor...
    Fico a aguardar pela continuação!

    Beijinhos!

    Parabéns mana pelo desafio! A minha vénia :P

    ResponderEliminar
  6. Malu,
    tenho-me fartado de rir. Está uma delícia, um espectáculo! Muitos parabéns! E aguardo ansiosa pelo resto!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  7. Cátia,

    Estava a custar-me tanto estar calada contigo eh eh Foi aos soluços mas veio, que achei
    desde logo
    irresistível este desafio! Obrigada por teres alargado o prazo :p

    Fá, Fá, Fá,

    Lápis azuis? Agora que perguntas... Jarras, tecidos, escovas de dentes, etc., sempre azuis :o agora que falas disso, descubro essa careca em mim eh eh
    Olha espera..outra: De facto (mas isto n era supost ser confissões) reparo que compro caixas de láis de cor, mais do que devia, e... lá estão sempre os azuis mais curtinhos :o
    Está aí algum psico?

    Beijos: amigos, de saudades, gratos e de parabens ou julgas que não li já o teu?
    Já lá vou ;)

    Patrícia,

    Mas que simpatia, obrigada!
    E tem razão quando se refere à variedade de temas e ao feed back deste desafio. Preocupo-me um pouco e pergunto se com o andar com que vai, tanta história a chegar, se voltaremos a ter posts da Cátia ou se terá que abrir outro blog.. Uii Cátia, parabens eh eh

    À Cris, outro bj dicertido e agradecido pelo que me fez rir com o fim daquele pobre sapo eh eh eh

    BJS!

    ResponderEliminar
  8. Eu cheguei atrasada à gala, mas cá estou!

    :) Grande imaginação!

    Até já ou até mais logo ali no post de cima! :)

    Parabéns à autora, que sem duvida é a culpada, e ainda bem!

    ResponderEliminar

Recebo as vossas palavras de coração...