Lá longe, no meia da terra do nunca, vivia Morgana, uma princesa deveras rebelde... Ela sonhava viajar para fora do seu reino, conhecer montes e vales, abismos e penhascos que nunca antes tinha visto, apenas os havia sonhado. Sonhava com tudo isso, montada no seu cavalo branco de crina cinzenta, a cortar ventos e tempestades ou simplesmente em belos dias de sol em que tudo era luz, assim como ela gostava.
Ela era muito meiga e de rosto muito iluminado, e o seu cabelo negro dava-lhe ar de guerreira. Uma guerreira bem menina, uma guerreira bem mulher, com tudo o que isso implica!
Certo dia, após o sol se pôr, bem no recanto mais escondido do palácio, Morgana encontrou-se com o seu mais fiel amigo, o sapo Artur. Este belo amigo, de pele bem escorregadia era o seu mais fiel companheiro, que a acompanhava nas mais diversas aventuras. Desde chatear a rainha mãe com as suas loucuras de menina rebelde, a dar cabo do juízo ao trovador que que insistia em cantar todas as cantigas de maldizer que ela não suportava bem na hora do jantar (quando não era logo ao pequeno almoço!). [Artur era quem a inspirava, apesar de todo aquele verde esquisito e daqueles olhos e... daquela pele estranha. Era sempre sincero no que dizia e quando Morgana o questionava com alguma dúvida ele tinha sempre uma resposta... uma resposta sempre sábia. Artur tinha sofrido um feitiço, uma vingança de alguém que ansiava pelo seu poder, alguém com um coração muito negro e maldoso e que apenas queria poder ( e foi só isso que conseguiu...). Alguém considerado fiel que o tramou e que conseguiu transformá-lo em algo... verde...Conheceu-o num dia bem chuvoso, em que Morgana estava revoltada com a sua vida, decidiu cavalgar no seu cavalo e ir até ao lago. Foi lá que encontrou Artur e com ele travou uma longa conversa, em que descobriram que tanto tinham em comum, apesar de toda a diferença física. Ficaram amigos e ele decidiu que não se importaria de morar no repuxo do castelo apenas para a ver, para se sentir feliz e acompanhado.. já que lhe tinham tirado o que de mais belo tinha...] Bem no escuro da biblioteca, onde apenas as velas ardiam, dando corpo aqueles doisa corpos tão diferentes, conversaram sem fim sobre os sitios onde Morgana desejava ir, e depois de Artur lhe contar verdadeiramente o que lhe tinha acontecido, ela não desistiu e porcurou até ao ultimo livro, um que le indicasse como quebrar toda esta maldade. Instalado na prateleira mais alta e carregado de pó, "Como quebrar Feitiços em 3 tempos!" estava como se ninguém há séculos tocasse nele. Morgana pegou e leu em letras bem grandes: Os feitiços só quebrarão quando se tem bom coração. Morgana acreditou muito, muito e quando pousou Artur em sua mão e lhe afagou a pele escorregadia, ouviu-se um som de estrelas a cair, como se todas as estrelas do céu se compenetrassem no seu pensamento. Aconteceu... Artur, transforou-se num homem, do qual ela tão bem conhecia. Artur, o grande Rei Artur... seu pai, do qual ela tanto amava, e que julgava que à muito tivesse morrido.
Abraçaram-se, como só pai e filha sabem fazer, num abraço tão apertado e tão deles que toda a terra parou... apenas para os sentir.
Por Maça com Canela
Ah! Esta estória é belíssima!!!
ResponderEliminarEmocionei-me no fim... (para não variar, com finais assim )
Um bom coração supera todos os feitiços!
Parabéns e beijinhos
Gostei muito. Principalmente, porque no fim não era o reluzente principe, mas o pai.
ResponderEliminarHá muitos principes e apenas um REI!
:) Parabéns Maçã com Canela, gostei de te ler, já não o fazia há muito tempo...
Beijinhos às duas!
Gostei do conto com gosto a romance histórico, género que eu aprecio. O final é também diferente, o que o torna ainda mais interessante. Parabéns!
ResponderEliminarParabéns Maçã com canela :D
ResponderEliminarGostei do teu texto e, como diz a Marta, prima pela sua originalidade no final ;)
Beijocas
Este desafio está a dar frutos :D
ResponderEliminarVenha o próximo!! =D não esquecendo claro o teu texto dona mana :P
Beijoquinhas muito grandes
Obrigada Maça com Canela, por esta estóriam, por participares no desafio.... Esta prima pela diferença, e uma difença boa, com sabor a Avalon... gosto muito.
ResponderEliminarAmiga, é bom ter-te por ca.
Beijinhos
A todos muitos beijinhos tambem.
ps - a estoria da dona mana já está escrita, mas por este andar, ainda falta bastante para ser publicada! :P
Ah ah!
ResponderEliminarObrigada a todos... Uma simples brincadeira. carregada de erros (ups... problema do teclado claro!)
Sim, Avalon é aqula coisa que nós sabemos e depois quando olhei a tela os castiçais e assim... foi mesmo a T´vola Redonda que me lembrei...
Venham mais desafios destes ;) foi giro!
Beijo à Fá, à Cris, à Marta, à Patricia e um em especial à Cátia..
Gosto de ti menina!
Eu não digo... eu sei que voçês nao acreditam... mas o teclado é que dá estes erros malucos!!
ResponderEliminarQue coisa...
:O Não estava mesmo nada à espera... Pai e filha? Quem diria...
ResponderEliminarBela estória!
Parabéns pelo texto, Maçã com Canela!
Beijinhos para as duas!
P.S.: estou com a patrícia... ;) aí guardadinho para o fim... hhum... vem aí um brilharete dona cátia! :)
maça com canela,
ResponderEliminarPara além do final imprevisto, gostei igualmente muito, da forma subtil que usa a descrever todo o ambiente, situações, objectos e até mesmo o sapo que não escapou a isso, ao insinuar antes que Artur seria um.
E valham-nos os manuais eh eh. Esse tinha a fórmula mais bonita, sem dúvida e acabou por ser a mensagem que nos deixa.
Parabéns e um bj