Este é um assunto que muito falo aqui, alguns contos, algumas notícias... Pois bem, acabei de ler uma noticia que me relembrou o porquê de falar... Falar para não fechar os olhos!! Peço a todos os que leem este blog, este post em particular, para reflectirem no que se passa mesmo à nossa frente, na nossa casa, na casa do vizinho, na casa do amigo ou até do patrão. Violência é crime Público!!
"Um homem de 33 anos estrangulou a companheira até à morte, esta quarta-feira, em Sintra. A jovem de 29 anos é a 36ª vítima mortal de violência doméstica, este ano, em Portugal. Os números revelam que todas as semanas morre uma mulher vítima da violência do companheiro.
As mulheres assassinadas pelos maridos são já mais este ano do que no ano passado. Mais 11 casos fatais. O caso desta semana ocorreu em Sintra, na casa onde vivia a vítima e o companheiro. Após uma discussão, o homem terá perdido a cabeça e estrangulou a mulher com as próprias mãos até à morte.
Ciente do crime, segundo a PJ, simulou o suicídio da vítima. A Judiciária não se deixou enganar e esta quinta-feira anunciou a detenção do homem de 33 anos. Fonte da PJ confirmou ao PortugalDiário que o homicídio ocorreu num contexto de violência doméstica.
Às 36 mortes, quase sempre violentas, juntam-se, este ano, 52 tentativas de homicídio. Ou seja, todas as semanas, pelo menos, dois homens tentam acabar com a vida das companheiras. Um deles consegue.
Os números deste ano significam um aumento em relação ao ano anterior. No entanto, 2007 foi o ano em que houve menos mortes. Segundo os dados da UMAR, União de Mulheres Alternativa e Resposta, 2004 foi o ano com mais homicídios, 42. Segue-se, 2006 com 37 casos e 2005 com 36. As estatísticas revelam ainda que os meses de Verão, Julho, Agosto e Setembro, são sangrentos, uma vez que é nesta altura do ano que morrem mais mulheres.
Já os dados da APAV, do primeiro semestre de 2008, revelam que a associação registou 7803 crimes de violência doméstica, ou seja, 42 casos, por dia, de violência entre casais."
As mulheres assassinadas pelos maridos são já mais este ano do que no ano passado. Mais 11 casos fatais. O caso desta semana ocorreu em Sintra, na casa onde vivia a vítima e o companheiro. Após uma discussão, o homem terá perdido a cabeça e estrangulou a mulher com as próprias mãos até à morte.
Ciente do crime, segundo a PJ, simulou o suicídio da vítima. A Judiciária não se deixou enganar e esta quinta-feira anunciou a detenção do homem de 33 anos. Fonte da PJ confirmou ao PortugalDiário que o homicídio ocorreu num contexto de violência doméstica.
Às 36 mortes, quase sempre violentas, juntam-se, este ano, 52 tentativas de homicídio. Ou seja, todas as semanas, pelo menos, dois homens tentam acabar com a vida das companheiras. Um deles consegue.
Os números deste ano significam um aumento em relação ao ano anterior. No entanto, 2007 foi o ano em que houve menos mortes. Segundo os dados da UMAR, União de Mulheres Alternativa e Resposta, 2004 foi o ano com mais homicídios, 42. Segue-se, 2006 com 37 casos e 2005 com 36. As estatísticas revelam ainda que os meses de Verão, Julho, Agosto e Setembro, são sangrentos, uma vez que é nesta altura do ano que morrem mais mulheres.
Já os dados da APAV, do primeiro semestre de 2008, revelam que a associação registou 7803 crimes de violência doméstica, ou seja, 42 casos, por dia, de violência entre casais."
In IOL Diário
Esta segunda feira o CDS PP levou ao parlamento uma proposta de Lei para aumentar a moldura penal deste crime, para que a prisão preventiva possa ser aplicada aos suspeitos de agressão.
ResponderEliminarO PS nao «rejeita limiarmente» a proposta mas considera que a proposta apresentada não é a melhor...
O Observatório da Justiça encontra-se a analisar as novas leis penais e que qualquer alteração da Lei pelo PS só será possível depois de conhecidas as conclusões. No entanto, o PS garante que não descarta a possibilidade de encontrar uma solução que permita afastar as vítimas dos agressores.
...
Para quando?!
Os números são sempre altos, mesmo que fosse uma. É incrível como continuam a suceder destas atrocidades. E ainda a lamentar a morte destas mulheres, destes seres humanos, junta-se o facto da nossa justiça não funcionar! É revoltante, é de bradar aos céus! Somos uma merda de mundo! Tão inteligentes que somos...! Que tristeza!
ResponderEliminarRemeto-vos para um post que fiz há tempos sobre o assunto.
ResponderEliminarhttp://oslivrosqueninguemquisdaraler.wordpress.com/2008/07/20/sem-medo-maria/
Cátia, vou agora escrever um post que também tem algo a ver com isso. Depois aparece.
Beijinhos
Olá Cátia!
ResponderEliminarDevo dizer que apesar de no teu blog andar muito caladita...venho sempre le-lo e desta vez deparo-me com um Post para mim de vital importância!
São lamentaveis estas atrocidades e infelizmente acontecem em todo o lado e cada vez mais...
Ainda são muitas as mulheres e já também homens que ficam caladas/os...
Ainda são muitos os que dizem que entre marido e mulher ninguém mete a colher!!!
Pois é...mas o facto é que as pessoas morrem e depois será que não lhes pesa na consciência nada terem feito?
A todos, que tenham conhecimento de caso de violência por favor denunciem...podem estar a salvar uma vida com um simples telefonema anónimo!
Infelizmente este cenário já me foi familiar...por isso apelo desta forma tão intensa...
Obrigada Cátia!!!
Pois é primota, o assunto, infelizmente, nunca está desactualizado. Escrevi também algumas vezes sobre o tema, escrevi até de forma contraditória, pelo exemplo que tenho ao lado de minha casa e que me deixa bastante confusa. Não consigo distinguir nele uma verdadeira vitima, nem um verdadeiro vilão. É um caso que como a sua maioria, não se resolve com um telefonema, mais do que isso eu já fiz e não deu em nada. Acho que cada caso é único, acho que cabe a cada um de nós denunciar, mas isso não chega, é preciso que a vitima esteja preparada e queira sair da situação e como todos sabemos isso nem sempre acontece.
ResponderEliminarQuanto à proposta de Lei do CDS, também me parece ainda pouco, acontece que não temos nada, portanto esse pouco já é alguma coisa, temos que começar por algum lado.
Que os prendam, que os afastem, mas que não os soltem no mês seguinte. Que não seja uma prisão preventiva sobre a qual depois iremos pagar indemnizações churudas a esses mesmos agressores.
Com penas efectivas de dois anos ou menos, é fácil chegar a julgamento, serem considerados culpados e metidos na rua. Acho pouco, muito pouco, mas é melhor do que está, que não chegam a ir dentro.
Provavelmente ainda aqui volto. Sabes como é.
Ah, convém não esquecer que também há homens vitimas, são uma minoria, mas devem ser mais do que supomos e como qualquer minoria, também merecem e têm direito a ter voz!
Bom post. Beijos!
...ja me exteriorizei por algumas x no teu blog sobre este assunto...como estou numa fase zen vou tentar ser mais calmo no meu comentario...NAO DEIXES ACONTECER ...SE VES RELATA...SE PRESENCIAS....EVITA...SE ESTAS ENVOLVIDO ...DENUNCIA...NAO DEIXES PARA DEPOIS...PODIA TER FEITO FICA TAO MAL!!!
ResponderEliminarQuerida mana,
ResponderEliminarEste post é, sem dúvida, um óptimo motivo para interromper o rol das belas estórias que têm estado aqui como fundo para todos nós.
Esta realidade é terrível e cada vez mais, felizmente ou infelizmente, se vai tocando no assunto. Como dizes, é preciso "falar para não fechar os olhos".
No outro dia assisti a um programa cujo tema era este mesmo, muitos testemunhos de casos de extrema violência, desde a agressões verbais a abuso sexual dos próprios filhos!!
...
Onde é que isto vai parar?
Daqui a pouco as pessoas têm medo de se apaixonar... No início é tudo muito lindo e depois a vida torna-se um verdadeiro inferno e nem sequer se reconhece a pessoa de quem se pensava gostar!
Obrigada pelo post. Beijo muito grande
Este problema é complicadíssimo, principalmente em encontrar-lhe solução. É preciso denunciar, os números para o efeito andam por aí.
ResponderEliminarBjs, Cátia.
Este é um problema assustador.
ResponderEliminarE às vezes de muito difícil solução.
Como sabes, tenho uma amiga pessoal e colega de curso, que sofreu na carne este flagelo.
Denunciou, sim, já depois de, ela própria ter procurado o suicídio...
Mas ganhou coragem e denunciou. E, cheia de marcas das agressões físicas... na GNR lhe responderam que só podiam actuar se fosse em flagrante... e as marcas podiam ter sido de uma queda...
Bem, mas isto já foi há alguns anos, espero que agora seja mais fácil, quando se denuncia.
Há que ter a ousadia de se falar nestes e noutros dramas pelos quais passa a sociedade.
Um grande beijinho