Desejo à Elsa a maior sorte para este projecto, e deixo também o convite para quem quiser passar amanhã no Retaxo para conhecer o Mares d'Alma, a Elsa, a mim, e outros amigos da blogosfera que já confirmaram a sua presença.
domingo, novembro 30, 2008
Lançamento Mares d'Alma
sexta-feira, novembro 28, 2008
Numa fugida...
Do Asdrubal, tivemos apenas a noticia que tinha tambem virado gay e que vivia tranquilamente para os lados da montanha.
terça-feira, novembro 25, 2008
Uma noite especial...
Partilho convosco este video, a música foi cantada para nós, finalistas, no dia de entrega de diplomas.
quinta-feira, novembro 20, 2008
Jantar dos Sem Abrigo - Formação e Campanha 2008
quarta-feira, novembro 19, 2008
Desejo de felicidade...
terça-feira, novembro 18, 2008
Já sou crescida...
sábado, novembro 15, 2008
Parabéns...
Hoje queria dizer-te mil palavras, felicitações que tantos já te disseram... Hoje deixo uma música que já assistimos juntas e ao vivo... Uma musica especial que gostas e que te toca...
Ao som desta música digo que gosto muito de ti, daquela mulher louca e uma menina doce que aprendi a conhecer e a gostar... muito! Parabéns Plim!
quinta-feira, novembro 13, 2008
Coração precioso...
No bairro onde morava, a porta de sua casa sempre foi uma porta aberta para todos. Todos os dias, a D. Esmeralda colocava sete pratos na mesa, cinco para os filhos, um para si, e um ficava de sobra, porque haveria sempre alguém com fome para alimentar. A comida nem sempre era muita, mas com boa vontade, aquela que sempre teve, juntava um pouco mais de água, mais uma batata ou uma cebola, e lá havia um pouco mais de sopa.
Com algum esforço terminou o curso e tornou-se enfermeira no hospital da zona. O seu trabalho sempre foi conhecido e reconhecido por todos, mas o que lhe era mesmo reconhecida era a bondade com que encarava a vida. Muitas eram as vezes que entravam pessoas doentes no hospital, mas que ela reconhecia no olhar que apenas precisavam de um agasalho e de um prato de sopa quente, e meia hora depois, a maleita estava curada, pelo menos até à próxima noite fria.
Numa noite de frio intenso, a meados de Dezembro, entra José Afonso pela porta das urgências, com o seu pequeno filho Gonçalo nos braços, depois de ter sido atropelado por um carro que se pôs em fuga. José Afonso era um dos homens mais ricos da cidade, tinha várias empresas na região e era homem de muitos contactos internacionais. Era um homem respeitado, admirado, mas também temido, tal o seu poder. A sua entrada ali era de todo inesperada, mas não havia tempo para surpresas, o pequeno Gonçalo precisava de ajuda e atenção urgente.
Rapidamente uma equipa de médicos e enfermeiros correu em seu socorro, levando de imediato o pequeno rapaz para a sala de observações. Alguns exames, radiografias, TAC’s e foi levado para o bloco operatório. Gonçalo corria risco de vida e ia ser sujeito a uma longa operação que iria entrar pela noite fora, e que iria ser certamente a noite mais longa de José Afonso.
A D. Esmeralda, que estava de serviço nessa noite, e apesar dos muitos utentes que atendia, tinha sempre uma atenção para os que a rodeavam, e para os que mais precisavam. Naquela noite, tinha ali na sala de espera aquele homem imponente e rico, em sofrimento. Naquela noite, era ele que precisava de um pouco de ajuda. Apercebendo-se da sua aflição, foi informar-se sobre o estado do menino e foi até a sala. Sentou-se na cadeira ao lado de José Afonso, que anestesiado pela dor e preocupação, não se apercebeu da sua chegada. Ela colocou a sua mão sobre o sobre o ombro e sorrindo, tentando passar alguma serenidade, disse-lhe que a operação ainda iria demorar, mas que iria correr tudo bem. Ele olhou-a com surpresa, mas depois encontrou ali, naquele gesto, naquele, naqueles olhos verdes e tão verdadeiros, o carinho, a paz e a confiança que precisava. Ela ficou ali em silêncio mais 5 minutos junto dele, depois teve que voltar ao serviço. As visitas aquela sala foram frequentes durante aquelas horas.
As horas foram passando e no inicio do dia, houve noticias. A operação tinha corrido bem, mas as próximas 48 horas eram fundamentais para o desenvolvimento do estado de saúde da criança. D. Esmeralda ouvia atenta estas palavras que o Senhor Doutor transmitia, do outro lado da sala a José Afonso. Depois do médico ter voltado para dentro, José Afonso virou-se e encontrou, lá ao fundo, aqueles olhos que o observavam como a mesma serenidade e verdade do início da noite. Ela sorriu-lhe e desejou-lhe um bom dia, estava de saída para casa. Ele ainda tentou dizer-lhe alguma coisa, mas antes que o conseguisse, já a senhora tinha saído pela porta.
O dia foi passando e não havia novidades do Gonçalo. Ele estava ligado às máquinas e não havia meio de acordar. José Afonso, desesperado com a situação, e abatido pelo cansaço, decidiu ir caminhar um pouco para apanhar ar. A noite estava particularmente fria, mas isso não o importava. Foi andando sem pensar em nada, mas com um turbilhão de sentimentos no coração. Uma rua atrás de outra, virando aqui e ali, e indo sem destino… De repente ouviu, de uma forma quase silenciosa, uma voz que lhe pareceu familiar. Olhou um pouco mais em frente e viu a D. Esmeralda a sair de sua casa. Ia precipitar-se para ela, quando algo o fez parar, e ficou apenas a observá-la.
A D. Esmeralda transportava consigo algo enrolado que parecia um cobertor. Atravessou a rua, seguiu uns 100 metros mais a frente e foi entregar aquela manta a um homem, que se encontrava por ali deitado, meio enrolado no meio do frio. Naquele momento, ao observar aquele momento e no meio de tantos sentimentos que trazia, José Afonso começou a chorar. No seu íntimo, tinha considerado inicialmente aquela senhora como apenas mais uma profissional, que apenas estava a ser simpática porque o reconhecera, mas ali estava a prova da sua generosidade…
Quando D. Esmeralda regressava para casa, ele escondeu-se nas sombras da noite para não ser visto, não queria que de alguma forma ela fosse surpreendida depois daquele gesto tão pessoal e doloroso, por se confrontar com a realidade daquele homem ali deitado. Depois de ter entrado em casa, José Afonso voltou para o hospital, mas aquela imagem marcara-o.
Os dias foram passando, e felizmente o pequeno menino acordou e foi recuperando melhor que o esperado. Dois dias antes do Natal, estava recuperado o suficiente para ir para casa. Aquele Natal foi de comemoração intensa naquela luxuosa casa, presentes e mais presentes, comida, doces, e tudo o que tinham direito, naquele momento de felicidade.
Mas aqueles dias passados no hospital, aqueles gestos da D. Esmeralda não foram esquecidos. Assim que pararam as chuvas, começaram as obras de um empreendimento junto aquele bairro, que ninguém conseguia perceber a que se destinava. As dúvidas surgiam, muito se questionava, mas as respostas não chegavam.
Um dia, no inicio do tempo frio, tocaram a porta da D. Esmeralda. Como era hora de jantar, não era de estranhar que fosse algum “convidado” para uma sopa quente. Quando abriu a porta, viu do lado da porta, alguém que não esperava: José Afonso. A surpresa era grande, não poderia sequer imaginar a razão para tal visita. Depois de entrar, José Afonso informou que um ano antes tinha estado ali, naquela rua, e que ela tinha-lhe ensinado o que era a generosidade, o que era dar. E principalmente ensinou-lhe que se pode dar sempre, mesmo quando não se tem muito. Mas quando se tem, deve-se dar ainda mais, porque nunca se sabe quando se virá a precisar também. Durante aquele ano, ele tinha mandado construir um centro de acolhimento para sem abrigos, e vinha ali pessoalmente para lhe agradecer e para lhe pedir que ela fosse madrinha daquele centro.
Ela ouvia-o incrédula mas feliz e aceitou, quase sem palavras, apadrinhar aquela causa que lhe era tão querida. Minutos mais tarde, quando ele se dirigia para a porta, voltou-se para ela, aproximou-se e deu-lhe um abraço. Ela confortou-o nos seus braços, a experiência tinha-lhe ensinado a importância e o significado daquele gesto. Depois, ele disse-lhe: Sei porque todos lhe chamam Esmeralda, porque para além de ter esses olhos verdes que brilham no escuro, tem um coração precioso!
segunda-feira, novembro 10, 2008
Deixo-te um Jasmim...
quinta-feira, novembro 06, 2008
Voluntariado?
domingo, novembro 02, 2008
Presente de Aniversário...
Cristina, a ti e a tantos outros amigos que me leem aqui digo que, o que torna esta casa especial é a tua e a vossa presença aqui, a tua e as vossas visitas constantes, a tua e a vossa Amizade... O facto de me permitires e de me permitirem que eu entrasse na tua e nas vossas vidas assim, de coração aberto. O Ticho permitiu facilitar o encontro, mas coube-nos a nós fazer com que a Amizade acontecesse. Existem amigos aqui, que me acompanham há quase dois anos, alguns mais, outros há apenas alguns meses, mas a Amizade reina. O meu dia-a-dia mudou, a minha vida mudou, e eu cresci com todos vós, aqui.
O facto do Ticho ser considerado um blog de ouro, deixa-me orgulhosa. Orgulhosa de algo que eu criei, mas orgulhosa de mim mesma. Este é o prémio que reconhece e assinala tudo de bom que tenho feito e construido aqui, convosco... Inclusive, eu mesma e a minha forma de ver o mundo.
Obrigada por tudo, pela Amizade, pelos momentos felizes, pelas lágrimas e desilusões partilhadas, pelo aprender, pelo sofrer em comunhão. Obrigada pelo silêncio que nos fala ao coração...