segunda-feira, agosto 31, 2015

Pessoas...

Tenho pensado em algumas pessoas que se cruzaram na minha vida... Quantos passam por nós todos os dias?! Mas a verdade é que, quem passa por nós verdadeiramente, não nos deixa igual nem parte igual. Mas somos nós que, em cada momento, devemos construir essas marcas... Serão boas recordações ou feridas abertas pelo tempo? 

Quando penso nas pessoas importantes, verdadeiramente importantes, penso em algumas... Várias. Umas por bons motivos, outras nem tanto... Umas marcaram-me positivamente, outras deixaram-me feridas abertas até hoje... Ainda há poucas semanas tive que enfrentar a sombra de uma dela. Não posso negar que o coração apertou, que as mãos tremeram, o olhar se desviou do caminho como que olhando por cima do ombro... Memórias que me fazem bem... Penso: serão verdadeiras ou serão invenção dos meus sentidos? Não importa o que são, o que dizem que são... Porque o sentir, ninguém mo tira e isso é que realmente importa... 

Sei que também magoei pessoas, que deixei feridas abertas que sangram até hoje. Sei-o! Mas devo dizer que nenhuma delas o fiz com intenção de o fazer... nenhum delas magoei com intenção de magoar. Porque aconteceu? Porque somos diferentes, porque pensamos diferentes... Porque talvez tenho um jeito estranho de ligar com pessoas ou, roubando a deixa, porque naquele momento fui uma besta... Mas quero acreditar que mais do que fria, fui desajeitada... acredito eu... ou quero acreditar...

Os momentos passam, as marcas ficam. Às vezes as palavras conseguem ajudar... outras vezes as palavras não chegam ao outro lado... Aí, há que respeitar a solidão, o "lamber da ferida" mesmo que dure a vida inteira... Quando as nossas palavras fazem sofrer mais do que ajudar... Devemos deixar o silêncio... mesmo sem nunca sair da sala... correto? 

Os anos passam, as experiências são outras... Não se pode mudar o passado, mas pode-se mudar presente e o futuro. Mas mais do que isso, acredito que podemos também mudar a forma como vemos o passado. Porque as memórias tornam-se vagas, seletivas... Porque não decidir o que guardar ou como guarda-las no coração...?

Talvez estas minhas palavras não cheguem a nenhuma dessas pessoas... ou talvez sim... Mas mesmo que não cheguem, ficam aqui os ensinamentos que também devo seguir... 

... E pode ser que assim, da próxima vez, já não me tremam as mãos ou aperte o coração.


quarta-feira, agosto 26, 2015

Muita coisa passou...

O Ticho nasceu no final de 2006, estará em breve a fazer 9 anos! OMG... NO-VE-A-NOS!! Com ele e através dele cruzei-me com muita gente e... alguns ficaram, permaneceram ao longe destes anos.. Nele e para além dele.

Quando o criei não fazia a mínima ideia do que estava a criar... hoje, sinto-me feliz por o ter feito. Nos últimos anos tem estado, por assim dizer... parado! Parado sim, mas nunca abandonado! Venho por cá às vezes, limpar-lhe as teias de aranha (Lembrei-me agora que antes também andava a tirar teias de aranha a outro canto especial... enfim... alguns / alguém entenderá o meu comentário....) e a ver / rever algumas coisas...

Mais do que um blog onde escrevo coisas, o Ticho é reflexo de mim, do que eu fui ou pensei em determinado momento. Nunca foi minha intenção ter uma "linha editorial" em que poderia ou não publicar determinadas coisas... Não... deixei-me ser neste espaço... com minhas duvidas, desabafos, com histórias, felicidades, tristezas e indignações. Este e outros espaços foram (e são?) lugares de encontros com amigos... Muitas das coisas mais importantes aqui escritas (e lá... por aí) não foram escritas como mensagens, mas estão trancadas nas caixas de comentários... 5, 10, 20, 50 ou mais comentários escritos num só post... Não, não eram comentários... eram conversas de amigos!

Nesta e noutras casas cresci, nesta e noutras casas aprendi... nesta e noutras casas... fui feliz!

E não, não é uma despedida...