terça-feira, outubro 27, 2009

Hoje estamos de parabens: 3 anos!

Faz hoje três anos que tomei uma decisão que não sabia como mudaria a minha vida: abri este espaço - o Ticho. Não sabia como mudaria a minha forma de estar na vida, os meus conhecidos, os meus amigos, os meus contactos, os meus interesses... No fundo, como me iria mudar. Foi sem dúvida das decisões mais acertadas que já tomei na vida. Porque mais do que um espaço na internet, mais do que um espaço onde vou colocando umas coisas e escrevendo outras, brincando e desabafando com algumas pessoas que no início até nem sei nada sobre elas, foi um espaço que me transformou. Foi aqui que desabafei alguns momentos da minha vida, foi aqui que perdoei algumas pessoas, foi a escrita que me ajudou a sair um pouco mais do mundo em que me escondia e olhar mais para fora e para os outros... No fundo ajudou-me a tornar-me uma pessoa melhor. Devo-o ao Ticho, devo-o a vós, mas acima de tudo, e desculpem-me o egoismo, devo-o a mim.

Este ultimo ano tem sido muito mais parado por aqui e com muito menos interesse. Sei-o e tenho consciência disso. Sei que está a tornar-se um lugar banal e sem grande interesse... Mas espero que ainda volte a entrar em forma! Mas desde o momento em que abri o Eu e Outro Eu, que algumas coisas que naturalmente escreveria aqui, agora estão lá. Confesso-vos que estive já para fazer uma pausa por aqui, mas como poderia?! Como poderia fechar uma "casa" que me deu tanto, em deterimento de outra?

Aqui já passei muitos momentos, muitos sorrisos, muitas conversas, e até muitas lágrimas. Agradeço-vos o carinho, a companhia, a amizade... Espero que possa passar muitos outros momentos sempre com a vossa companhia.

CA

terça-feira, outubro 20, 2009

Desafio: Vamos escrever uma estória? - o regresso!



Os meus comentadores mais antigos lembrar-se-ao do meu primeiro desafio "Vamos escrever uma estória?", baseada na imagem de Joana Ramos, do qual resultaram 17 estórias fantasticas...


... Mas hoje tenho uma retificação a fazer... Não foram 17 mas... 18! Entraram-me casa a dentro a dizer que, passado mais de um ano o desafio tinha sido respondido!! Imaginam a minha cara de espanto?? Pois é, mas é mesmo verdade. Ora cá vai a estória:




"E mais um dia. Mais um dia que não anda nem para traz nem para frente. Tudo igual: a mesma luz do sol ofuscante, a mesma forma de andar e mesma forma de respirar.

E eu entro, fecho a porta. Como mais nada me apetece fazer, refugio-me…

Dirigindo-me à uma outra porta interior livro-me de tudo que tenho nas costas, nas mãos e nos ouvidos, dou repouso ao meu mp3, que também só tem oportunidade para isso quando eu tenho possibilidade de me isolar num silêncio completo.

Entro então no quarto, que já não é meu, não é de ninguém se não o do meu sapinho…é o meu esconderijo, o meu descanso, do mundo e dos meus pensamentos.

Sempre na mesma posição e na mesma companhia do meu animal de estimação e do semi-escuro lugar, deixo-me inspirar e aliviar os meus olhos de todo o pesadelo que passam lá fora.

É o momento em que não tendo musica nos ouvidos posso reflectir, pensar e/ou imaginar uma vida que nunca foi nem seria a minha nem de ninguém, ou posso simplesmente pensar em nada de específico, porque os pensamentos surgem incontroladamente.

A vida é esquisita e mais esquisita se torna quando penso nela…mas penso...e quando penso no meu passado lembro-me do meu príncipe. Este é o lugar em que dou asas aos meus pensamentos e a minha fraca imaginação. Eu sempre me imaginei uma princesa, não é por infantilidade, mas por dar mais graça aos meus pensamentos. Gosto de contos de fadas, no entanto, sempre me emocionei mais com histórias que não acabam propriamente com ‘e viveram felizes para sempre’.

Nem tudo tem que acabar bem e/ou sempre da mesma forma. E eu já tive um príncipe, tive no passado, no presente já não tenho...mas isso não me incomoda, até porque a minha história não acabou nem eu tento adivinhar o fim dela. Sou, como me imagino, uma princesa sem príncipe. Estou sozinha, mas nunca me considero como tal...tenho sempre o sorriso e a companhia do meu sapinho que se não fosse ele não precisaria sequer acender o meu velho castiçal, porque ele nunca se deu bem com o escuro e a electricidade aqui já há muito que deixou de passar... Um sítio abandonado, mas que se torna tão acolhedor para mim...

Voltando as minhas lembranças: sou portanto uma princesa que outrora viveu apaixonada e já se sentiu correspondida. A minha história até podia ser escrita como um conto de fadas vulgar, mas como eu não gosto de coisas vulgares, a minha história tomou um rumo diferente.. Continuo a ser princesa, o meu príncipe é que deixou de ser meu. Mudou. Não fui eu, mas sim ele, e eu não mudo de príncipes como quem muda de meias. Deixei simplesmente de o ter. Custou. Outrora ele era o meu único pensamento. Já passou. A pessoa que eu amei continua a viver mas o meu príncipe morreu.

Agora nada mais resta se não recordações...

O meu lugar favorito onde o tempo não passa e eu vivo descansada, esse é o meu mundo e a música é o meu segundo mundo, o mundo que é quando eu ponho os meus pés fora deste...

Evito o olhar do mundo comum porque me cega os meus olhos...é o sol, mas também são os actos humanos que por mim são incompreendidos.

A minha história não acabou porque o meu mundo é eterno..."

Por Lininha publicada aqui.


Deixo aqui um especial agradecimento à Lininha por me fazer ver que as coisas ficam e perduram... e quantas vezes não acontece sem mesmo sem nós sabermos?! E agradeço imenso a estória, e por teres cumprido o que prometeste à tua amiga. Respondendo-te directamente a algo que me escreveste: como poderia não publicar aqui?!

sexta-feira, outubro 16, 2009

Viste?

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos..."



também aqui

quarta-feira, outubro 14, 2009

This is it!

Esta semana saiu a "nova" música do Michael Jackson que, apesar de já estar envolta em polémica, acho-a muito bonita, e com excelente sonoridade...

... Aproveitem e deliciem-se!

Nota: Nunca tinha colocado aqui um post sobre MJ porque o meu sentimento sobre este senhor é variável/instavel... mas arte é arte... e esta musica é para mim uma obra de arte.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Lançamento do livro Pin em Lisboa

Há hora combinada, lá estavamos nós para a apresentação do livro "Pin - Uma explicação de ternura", no Núcleo Arqueológico da Manutenção Militar.


A apresentação ficou ao cargo do editor e amigo Carlos Lopes.
A Luísa de forma comovida deixou também algumas palavras iniciais.

O lançamento contou com a participação de Pedro Branco com os seus momentos musicais...

A leitura dos poemas foi acompanhada pela música extraordinária de Pedro Lopes

A Luísa brindou-nos com a leitura de alguns dos seus poemas...
O filho Guilherme participou com a leitura de um dos poemas mediante o olhar orgulhoso da mãe
Depois seguiu-se a leitura de um poema ternurento entre mãe e filho...

... numa explicação de ternura

O momento contou ainda com a leitura de Celeste Pereira, que interpretou e deu vida de forma arrepiantemente bela alguns poemas...
E quase no final, um momento de partilha entre amigos...

No final, aconteceu um momento único... A Luísa cantou para os amigos, ao som da viola de Pedro Branco (infelizmente sem foto).

.... E foi assim, uma tarde bem passada, com muitos amigos, partilhas... momentos maravilhosos... numa explicação de ternura.

Fotos minhas do lançamento do livro Pin de Luísa Azevedo




Após apresentação, ficou o encontro com amigas...

Eu, AnaMar e Paula Raposo, com fotografia de Maria Clarinda

sábado, outubro 10, 2009

Hoje queria dizer-te...


Hoje queria dedicar-te algumas palavras... hoje, que o dia é teu. Queria dizer-te que gostei de te ouvir as palavras, de as ler, e de as sentir... Queria dizer-te que gostei do som que envolvia a sala transportando-nos para outra realidade... para lá do tempo. Queria dizer-te que gostei de te ouvir cantar... sim gostei! Queria dizer-te que gostei de ver a ternura que carregas no olhar... Queria dizer-te que gostei de te ver sorrir e brincar... até te pegaram ao colo! Queria dizer-te que gostei de falar contigo e dizer muito e tão pouco... Queria dizer-te que gostei de falar-te com o olhar... de olhos nos olhos, de coração com coração. Queria dizer-te que adorei dar-te aquele abraço apertado quando as lagrimas teimavam já em formar-se no olhar...

Queria dizer-te tanto... mas não o consigo colocar em palavras tudo o que sinto... estou de coração cheio. Fica o orgulho... o orgulho imenso de poder partilhar estes momentos... o orgulho imenso de te conhecer... e fica a ternura... imensa... numa explicação tua.

Para Luísa Azevedo,

quarta-feira, outubro 07, 2009

Pin - Uma Explicação de Ternura chega a Lisboa

Pin Uma explicação de ternura


"Ternura (muita), e as palavras que dela nasceram... momentos (muitos) que explica no bater do coração e no brilho do olhar. Ternura... este livro é apenas uma das suas muitas explicações. Nasci de mão dada com a ternura, com ela cresci, me fiz gente. Aprendi a acarinhá-la, a guardá-la entre os dedos. Semeio-a, com a ajuda do vento. Sacio-lhe a sede, com lágrimas doces. Vejo-a tornar-se maior sem sobejar. Bebo de toda a que me oferecem e entrego-a, na mão de quem a queira de mim beber. Este livro reflecte o que hoje sou. Espero que possa transmitir-vos a serenidade e a ternura que sinto quando escrevo.", Luísa Azevedo.


O Pin está a chegar a Lisboa! Depois do Lançamento do livro no Porto, o Pin - uma explicação de ternura chegará a Lisboa no próximo sabado, dia 10 de Outubro, pelas 16h00. O Lançamento decorrerá no Núcleo Arqueológico da Manutenção Militar (Rua do Grilo nº 111 - Lisboa (entre a igreja Madre de Deus e o Convento do Beato)). A apresentação do livro será feita por Carlos Lopres, a leitura dos textos por Celeste Pereira, Carlos Lopes..., e será acompanhada ao piano por Pedro Lopes. O evento conta também com a actuação musical de Pedro Branco (viola e voz). Do evento faz parte uma visita guiada ao museu e, tendo em conta que este encontra-se fechado ao público, é uma optima oportunidade para ficar também a conhecer o nosso património.


Depois do grande sucesso que foi a apresentação no Porto, venho convidar-vos a juntarem-se a mim para juntos apoiarmos a Luísa, num espectáculo que será um verdadeiro... momento de ternura.

sexta-feira, outubro 02, 2009

No meu lugar...


Existem momentos em nós que precisamos encontrarmo-nos em nós de forma muito particular... Reencontrarmos e reequilibrarmos o nosso lugar. Vivo essa necessidade...

Aproxima-se um momento de sair, de ir para lá, de fugir de uns para me encontrar comigo. E eu vou para lá... Um sitio meu, muito meu... Um refugio... A minha casa de praia... de inverno. Um sitio que poucos saberão onde fica, muito poucos...

Encontrar-me-ei nos passeios à beira-mar. Encontrar-me-ei nos passeios pelo campo de Outono. Encontrar-me-ei nas conversas à noite na varanda. Encontrar-me-ei nos silêncios junto à lareira. Encontrar-me-ei em mim...

Onde fica? Fica para lá...

... no meu lugar encantado