Está a chegar a noite, e o frio está a tornar-se dificil de aguentar. Cada noite é uma luta pela sobrevivência, uma verdadeira luta que sei que só a custo ultrapassarei. Deambulo pela rua, e vou até ao restaurante da rua habitual: o caixote do lixo à porta do supermercado. Sei que a concorrência é grande, mas espero conseguir um pouco de pão, e umas frutas podres para o jantar. Com um pouco de sorte, ainda consigo arranjar mais qualquer coisa para amanhã. Chego e vejo os abutres de volta do caixote, hoje não me safo... Depois de um fraco almoço, ficarei sem jantar... Pode ser que o dia amanha corra melhor...
Sigo pela rua... Olho para o lado, e vejo algo que os meus olhos não querem acreditar: uma caixa de cartão de uma televisão enorme!! Que sorte... Pelo que vejo é resistente, e poderei utilizar como abrigo nos próximos dias e se não chover muito, poderá durar até algumas semanas, afinal presentes destes não encontro todos os dias por aí... Pego na caixa e levo-a até ao beco onde fica o meu lugar habitual... Esqueço-me da fome, o coração bate de contente...
Ao chegar lá, ajeito cuidadosamente a caixa, rasgo ali, junto aqui com a velha fita cola e fica pronta. Deito-me... A barriga volta a protestar e o corpo treme um pouco de frio... Olho para o céu, o único e verdadeiro tecto que tenho... Fecho os olhos, tento esquecer a fome, o frio e até os mil pensamentos que não me saem da cabeça... Adormeço com a certeza que, se voltar a abrir os olhos amanha, voltarei a ter novos desafios, uma nova aventura...
Sigo pela rua... Olho para o lado, e vejo algo que os meus olhos não querem acreditar: uma caixa de cartão de uma televisão enorme!! Que sorte... Pelo que vejo é resistente, e poderei utilizar como abrigo nos próximos dias e se não chover muito, poderá durar até algumas semanas, afinal presentes destes não encontro todos os dias por aí... Pego na caixa e levo-a até ao beco onde fica o meu lugar habitual... Esqueço-me da fome, o coração bate de contente...
Ao chegar lá, ajeito cuidadosamente a caixa, rasgo ali, junto aqui com a velha fita cola e fica pronta. Deito-me... A barriga volta a protestar e o corpo treme um pouco de frio... Olho para o céu, o único e verdadeiro tecto que tenho... Fecho os olhos, tento esquecer a fome, o frio e até os mil pensamentos que não me saem da cabeça... Adormeço com a certeza que, se voltar a abrir os olhos amanha, voltarei a ter novos desafios, uma nova aventura...