O mundo também é nosso!
Era uma vez um anão que teve três filhos: O Becas, o Bicas e o Bocas. Este último era tão pequeno, tão pequeno que casou e foi viver dentro de um sapato nº 32."
O Bocas casou-se com a Pétala, uma menina linda que tinha o tamanho de uma pétala. Foi um casamento memorável, todos os seus amigos estavam lá, e o amor entre eles algo de maravilhoso, em que todos os preconceitos caíram por terra, seres assim tão pequeninos também têm direito a ser felizes. E nós, gigantes, curvamo-nos perante a humildade do amor.
Bocas é um homem lindo em miniatura, tem um coração maravilhoso, perto dele não há tristeza e tem o seu emprego - Chefe de qualidade - numa empresa de frutas. Dá gosto ver o seu profissionalismo e a sua maneira humana de lidar com todos; homens e mulheres respeitam-no como ser humano e como seu chefe! Bocas mostra assim ao mundo que de facto "os homens não se medem aos palmos"
Pétala tem um temperamento algo diferente, é muito insegura, e acha que o seu tamanho conta, por isso refugia-se em casa, pois teme sair à rua, temendo ser esmagada por algum "gigante". E em casa, no seu refúgio vai dando largas à sua criatividade e imaginação, tornou-se uma costureira primorosa e nos tempos livres dedica-se à pintura. A casa de Bocas e Pétala...O sapato nº 32, esta decorada harmoniosamente pelas admiráveis mãos de Pétala!
Bocas ama Pétala, assim como ela é, mas ele não desiste de a tornar ainda mais feliz, é por isso que faz tudo para que Pétala se abra ao mundo e passe a confiar nos "gigantes":
- Pétala, eu sei que és feliz no nosso casamento, na nossa casinha, mas eu quero que sejas ainda mais feliz; tens que confiar, tens que arriscar mais, acreditar!
- Eu sei Bocas, mas tenho medo, toda a gente vai achar que eu sou diferente...
- Querida, claro que és diferente, e isso tem algum problema? O ser diferente não implica que seja negativo, repara nos nossos amigos "gigantes", eles adoram-nos e imagino que se esquecem do nosso tamanho!
- Adoro o teu coração! De facto nós temos limitações, porque o mundo está feito para "gigantes", mas, e apesar da nossa diferença, também temos lugar nesse mundo e também podemos ser construtores e não meros espectadores.
- Sim, querida, é isso mesmo! A nossa casa é um sapato nº 32, e já reparaste, é uma mansão e não precisamos de pagar nada, quantos amigos nossos passam a vida a pagar as suas casas? Também não temos carro, mas temos o Popy, o nosso querido cão, que nos leva a todo o lado, e com uma vantagem, não precisa de gasolina, nem pneus, óleo ou revisões!
- Oh Bocas! És um amor, sem ti, eu passaria pelo mundo carregando a minha pequenez como um fardo muito pesado. Prometo que a partir de hoje vou tentar modificar a minha maneira de encarar o mundo!
- Amo-te Pétala!
- Também te amo Bocas!
O sapato nº 32 era assim o ninho do amor e felicidade de dois corações!
O tempo foi passando e Pétala a pouco e pouco ia aceitando o mundo como seu, não era fácil, mas ela esforçava-se.
Certo dia, Pétala estava no jardim de sua casa a pintar um quadro, quando alguém a interceptou:
- Menina! Que quadro lindo estás a pintar!
- Oh! È para passar o tempo!
- Mas é magnifico, em miniatura...desculpa.
- Não tens que pedir desculpa, tudo é relativo, e as coisas acabam por Ter o nosso tamanho, repara, para ti é miniatura, mas, para mim é de tamanho normal.
- Tens razão, linda! Gostas de pintar?
- Sim, gosto muito!
- Olha, e será que consegues pintar um quadro, para ti "gigante" e para mim normal?
- Claro que sim! Levaria mais tempo e teria que ser noutro espaço, mas claro que conseguiria. Isso é um desafio?
- Talvez. Tenho uma galeria e quem sabe se do teu hobby fizesses trabalho?
- Estás a falar a sério?
- Claro que estou!
- Mas, eu teria que falar com o meu marido.
- Tudo bem. Deixo-te um cartão meu e fico á espera. Como te chamas?
- Pétala e tu?
- Que nome lindo! E que combinação, eu chamo-me Rosa, Temos futuro!
Pétala não cabia em si de contente, que bom que tinha decidido enfrentar o mundo, se estivesse fechada em casa, ninguém poderia descobrir as suas pinturas. Ansiava pela chegada de Bocas, ele ia certamente ficar muito contente.
O sol ia-se despedindo no horizonte, Pétala tratava do jantar, quando ouviu o latir de Popy. Bocas estava a chegar:
- Amor! Tenho uma surpresa para ti
- Minha querida! Diz-me! Que bom ver-te tão feliz!
E Pétala, com uma alegria que a ultrapassava foi relatando os acontecimentos dessa tarde.
- Está a ver, meu amor! È isso mesmo, agora sei que és muito mais feliz!!
E Pétala foi contratada para trabalhar na galeria de Rosa, a sua obra-prima, dia a dia ia tomando forma, e Pétala sentia-se realizada e feliz com o seu querido Bocas. O mundo já não a atrapalhava e ela sentia-se parte dele, completamente integrada e útil. E todo este clima de felicidade foi abençoado. Pétala estava grávida, e uma nova aventura se abeirava do sapato nº 32!
O Bocas casou-se com a Pétala, uma menina linda que tinha o tamanho de uma pétala. Foi um casamento memorável, todos os seus amigos estavam lá, e o amor entre eles algo de maravilhoso, em que todos os preconceitos caíram por terra, seres assim tão pequeninos também têm direito a ser felizes. E nós, gigantes, curvamo-nos perante a humildade do amor.
Bocas é um homem lindo em miniatura, tem um coração maravilhoso, perto dele não há tristeza e tem o seu emprego - Chefe de qualidade - numa empresa de frutas. Dá gosto ver o seu profissionalismo e a sua maneira humana de lidar com todos; homens e mulheres respeitam-no como ser humano e como seu chefe! Bocas mostra assim ao mundo que de facto "os homens não se medem aos palmos"
Pétala tem um temperamento algo diferente, é muito insegura, e acha que o seu tamanho conta, por isso refugia-se em casa, pois teme sair à rua, temendo ser esmagada por algum "gigante". E em casa, no seu refúgio vai dando largas à sua criatividade e imaginação, tornou-se uma costureira primorosa e nos tempos livres dedica-se à pintura. A casa de Bocas e Pétala...O sapato nº 32, esta decorada harmoniosamente pelas admiráveis mãos de Pétala!
Bocas ama Pétala, assim como ela é, mas ele não desiste de a tornar ainda mais feliz, é por isso que faz tudo para que Pétala se abra ao mundo e passe a confiar nos "gigantes":
- Pétala, eu sei que és feliz no nosso casamento, na nossa casinha, mas eu quero que sejas ainda mais feliz; tens que confiar, tens que arriscar mais, acreditar!
- Eu sei Bocas, mas tenho medo, toda a gente vai achar que eu sou diferente...
- Querida, claro que és diferente, e isso tem algum problema? O ser diferente não implica que seja negativo, repara nos nossos amigos "gigantes", eles adoram-nos e imagino que se esquecem do nosso tamanho!
- Adoro o teu coração! De facto nós temos limitações, porque o mundo está feito para "gigantes", mas, e apesar da nossa diferença, também temos lugar nesse mundo e também podemos ser construtores e não meros espectadores.
- Sim, querida, é isso mesmo! A nossa casa é um sapato nº 32, e já reparaste, é uma mansão e não precisamos de pagar nada, quantos amigos nossos passam a vida a pagar as suas casas? Também não temos carro, mas temos o Popy, o nosso querido cão, que nos leva a todo o lado, e com uma vantagem, não precisa de gasolina, nem pneus, óleo ou revisões!
- Oh Bocas! És um amor, sem ti, eu passaria pelo mundo carregando a minha pequenez como um fardo muito pesado. Prometo que a partir de hoje vou tentar modificar a minha maneira de encarar o mundo!
- Amo-te Pétala!
- Também te amo Bocas!
O sapato nº 32 era assim o ninho do amor e felicidade de dois corações!
O tempo foi passando e Pétala a pouco e pouco ia aceitando o mundo como seu, não era fácil, mas ela esforçava-se.
Certo dia, Pétala estava no jardim de sua casa a pintar um quadro, quando alguém a interceptou:
- Menina! Que quadro lindo estás a pintar!
- Oh! È para passar o tempo!
- Mas é magnifico, em miniatura...desculpa.
- Não tens que pedir desculpa, tudo é relativo, e as coisas acabam por Ter o nosso tamanho, repara, para ti é miniatura, mas, para mim é de tamanho normal.
- Tens razão, linda! Gostas de pintar?
- Sim, gosto muito!
- Olha, e será que consegues pintar um quadro, para ti "gigante" e para mim normal?
- Claro que sim! Levaria mais tempo e teria que ser noutro espaço, mas claro que conseguiria. Isso é um desafio?
- Talvez. Tenho uma galeria e quem sabe se do teu hobby fizesses trabalho?
- Estás a falar a sério?
- Claro que estou!
- Mas, eu teria que falar com o meu marido.
- Tudo bem. Deixo-te um cartão meu e fico á espera. Como te chamas?
- Pétala e tu?
- Que nome lindo! E que combinação, eu chamo-me Rosa, Temos futuro!
Pétala não cabia em si de contente, que bom que tinha decidido enfrentar o mundo, se estivesse fechada em casa, ninguém poderia descobrir as suas pinturas. Ansiava pela chegada de Bocas, ele ia certamente ficar muito contente.
O sol ia-se despedindo no horizonte, Pétala tratava do jantar, quando ouviu o latir de Popy. Bocas estava a chegar:
- Amor! Tenho uma surpresa para ti
- Minha querida! Diz-me! Que bom ver-te tão feliz!
E Pétala, com uma alegria que a ultrapassava foi relatando os acontecimentos dessa tarde.
- Está a ver, meu amor! È isso mesmo, agora sei que és muito mais feliz!!
E Pétala foi contratada para trabalhar na galeria de Rosa, a sua obra-prima, dia a dia ia tomando forma, e Pétala sentia-se realizada e feliz com o seu querido Bocas. O mundo já não a atrapalhava e ela sentia-se parte dele, completamente integrada e útil. E todo este clima de felicidade foi abençoado. Pétala estava grávida, e uma nova aventura se abeirava do sapato nº 32!
Elsa Sequeira do Eu estou aki
o Popy! :)
ResponderEliminarUltrapassar as nossas limitações é de facto um desafio.
ResponderEliminarMuitos parabéns.
O medo impede-nos de tanta coisa... de ser mais feliz, mais realizado, maior...
ResponderEliminarMuito bonita a mensagem...
Serenos sorrisos
Muito terno! Gostei imenso. Beijos.
ResponderEliminarGostei da ternura e amor que este conto respira. E gostei principalmente do arriscar, do acreditar com final feliz.
ResponderEliminarBeijinhos e parabéns!
Só hoje cheguei cá...
ResponderEliminarObrigado pelas vossas palavras, e mais uma vez parabéns para ti Didita pela iniciativa!!
Bjtsssss para todos!
Mulher empreendedora que és, ofereces-nos uma história ternurenta e de encorajamento. O amor, de facto, torna tudo possível.
ResponderEliminarBjs!
Muita paz... senti!
ResponderEliminarBjs
Dinha,
ResponderEliminarUma estória com bastante açucar e final feliz. Era bom que tudo fosse assim... Nao percamos a esperança.
Obrigada por contar contigo desta vez neste meu desafio louco.
Mts beijinhos
Muito doce este conto.
ResponderEliminarPõe-nos um sorriso nos lábios :)
Parabéns Elsa!
Beijocas
sentido.
ResponderEliminarbelo.
hope.
Uma história admirável.Adorei!
ResponderEliminarQue linda e delicada, esta história, tal como a Pétala!
ResponderEliminarIsabel