O sapato-nave-estelar
Era uma vez um anão que teve três filhos
Nasceram rolando feitos grãos de milhos
A família os baptizou cantando estribilhos:
"Becas, Bicas e Bocas". Do primeiro ao último,
Mais pequeno que o antepenúltimo. Bocas
Saltitou pela vida e fez orelhas moucas
A quem, com grande malícia, o desafiou.
Era pequeno, tão pequeno, que casou
e foi viver num sapato número trinta-e-dois.
Lá couberam os filhos que vieram depois.
Num dia de temporal a casa-avião,
Soltos os atacadores que a prendiam ao chão,
Pelos ares se elevou e no espaço
Vogou. Cada vez mais pr'a longe, sem cansaço
E a alegre família do micro-anão
Em festa, sem sustos, aterrou em Plutão.
Não eram anões. "Bocas" era o perdido
Rei-herdeiro. Seu pai, o desaparecido
Imperador daquele planeta inteiro.
TMara do Estranhos Dias e Corpo do Delito
Fantástica estória inter-planetária.
ResponderEliminarSerenos sorrisos
Sempre bem a TMara!!! Adorei. Beiejos.
ResponderEliminarEspantoso como de um sapato já viajámos por terra, montanhas, navios e cabe-nos agora e ainda uma nave... Gostei desta viagem pelo espaço. Já estamos em plutão...!
ResponderEliminarBjs.
Muito bonito o poema amiga TMara!
ResponderEliminarO que é preciso é voar!
Bjs
Querida Tmara,
ResponderEliminarBem, está excelente este seu conto poema! Adorei mesmo!
Grande abraço,
Isabel
Olá.
ResponderEliminarDecididamente esta história já voou por muito lado, mas aqui foi mesmo de disco voador.
Muito inventiva.
Um abraço