segunda-feira, março 02, 2009

Desafio: os três anões (15)

O sapato-nave-estelar

Era uma vez um anão que teve três filhos
Nasceram rolando feitos grãos de milhos
A família os baptizou cantando estribilhos:
"Becas, Bicas e Bocas". Do primeiro ao último,
Mais pequeno que o antepenúltimo. Bocas
Saltitou pela vida e fez orelhas moucas
A quem, com grande malícia, o desafiou.
Era pequeno, tão pequeno, que casou
e foi viver num sapato número trinta-e-dois.
Lá couberam os filhos que vieram depois.
Num dia de temporal a casa-avião,
Soltos os atacadores que a prendiam ao chão,
Pelos ares se elevou e no espaço
Vogou. Cada vez mais pr'a longe, sem cansaço
E a alegre família do micro-anão
Em festa, sem sustos, aterrou em Plutão.
Não eram anões. "Bocas" era o perdido
Rei-herdeiro. Seu pai, o desaparecido
Imperador daquele planeta inteiro.

TMara do Estranhos Dias e Corpo do Delito

6 comentários:

  1. Fantástica estória inter-planetária.

    Serenos sorrisos

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  2. Sempre bem a TMara!!! Adorei. Beiejos.

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  3. Espantoso como de um sapato já viajámos por terra, montanhas, navios e cabe-nos agora e ainda uma nave... Gostei desta viagem pelo espaço. Já estamos em plutão...!

    Bjs.

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  4. Muito bonito o poema amiga TMara!
    O que é preciso é voar!

    Bjs

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  5. Querida Tmara,

    Bem, está excelente este seu conto poema! Adorei mesmo!

    Grande abraço,

    Isabel

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  6. Olá.

    Decididamente esta história já voou por muito lado, mas aqui foi mesmo de disco voador.

    Muito inventiva.

    Um abraço

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