Pai,
Hoje é o teu dia, o dia em que todos dizem quanto amam os seus pais e o dia em que os que perderam os seus pais lamentam a sua “não presença”. Hoje escrevo para ti, aqui neste sítio onde sei que não vais ler...
Lembras-te quando era o teu Tichinho? Quando tinhamos aquele “chamamento” próprio e que eu sabia que era para ir para o teu colo ou deitar-me na cama contigo? Lembras-te das vezes que deixavas que eu me sentasse no teu colo e conduzisse o teu carro, quando ainda nem chegava ao chão? Lembras-te quando isso tudo terminou? Acredita que penso nesse momento com regularidade, mas ainda hoje não tenho a certeza... Sim, é verdade que te culpo de algumas coisas que me aconteceram na vida ou de alguns momentos de ausência de protecção, daqueles em que caí e magoei-me sem que visses que me tinha ferido, ou me tivesses ajudado a levantar... Quantas vezes não estiveste? É verdade que sim, que te culpo mas não devia, pois não? Eu sei que a maioria nem te apercebeste, como ter culpa? Eu sei...
Agora cresci e sei que me fechei para ti e que me tornei nesta mulher independente, tão independente que agora sou eu que não te deixo aproximar para me protegeres. Agora sou eu que não te dou espaço de manobra... Quantas vezes discutimos? Esta é facil de responder: sempre que tentamos falar um bocadinho mais do que três frases seguidas sobre determinado assunto.
Dizes que sou teimosa e orgulhosa e que gosto de fazer as coisas à minha maneira. Mas sabes o que é que a mãe diz? Que somos iguais... E talvez seja verdade, não é? No outro dia, no meio em discussão, disse-te que eras um “poço de virtudes”, “Deus no céu e tu na Terra”... Provavelemente não saibas, mas quero deixar-te aqui que, apesar de achar que não me ligas como ligas ao “teu menino”, acho que, no fundo, sabes o quanto valho e que estás orgulho de mim (bem vi naquele dia as lagrimas de orgulho que não conseguiste disfarçar)... Digo-te aqui que, apesar de tudo, agradeço-te tudo o que fizeste e continuas a fazer por mim...
Desejo-te um Feliz Dia do Pai, que possamos passar ainda muitos dias juntos, e que cheguemos a uma altura em que possamos ser sinceros um com o outro.
A tua filha,
CA
Hoje é o teu dia, o dia em que todos dizem quanto amam os seus pais e o dia em que os que perderam os seus pais lamentam a sua “não presença”. Hoje escrevo para ti, aqui neste sítio onde sei que não vais ler...
Lembras-te quando era o teu Tichinho? Quando tinhamos aquele “chamamento” próprio e que eu sabia que era para ir para o teu colo ou deitar-me na cama contigo? Lembras-te das vezes que deixavas que eu me sentasse no teu colo e conduzisse o teu carro, quando ainda nem chegava ao chão? Lembras-te quando isso tudo terminou? Acredita que penso nesse momento com regularidade, mas ainda hoje não tenho a certeza... Sim, é verdade que te culpo de algumas coisas que me aconteceram na vida ou de alguns momentos de ausência de protecção, daqueles em que caí e magoei-me sem que visses que me tinha ferido, ou me tivesses ajudado a levantar... Quantas vezes não estiveste? É verdade que sim, que te culpo mas não devia, pois não? Eu sei que a maioria nem te apercebeste, como ter culpa? Eu sei...
Agora cresci e sei que me fechei para ti e que me tornei nesta mulher independente, tão independente que agora sou eu que não te deixo aproximar para me protegeres. Agora sou eu que não te dou espaço de manobra... Quantas vezes discutimos? Esta é facil de responder: sempre que tentamos falar um bocadinho mais do que três frases seguidas sobre determinado assunto.
Dizes que sou teimosa e orgulhosa e que gosto de fazer as coisas à minha maneira. Mas sabes o que é que a mãe diz? Que somos iguais... E talvez seja verdade, não é? No outro dia, no meio em discussão, disse-te que eras um “poço de virtudes”, “Deus no céu e tu na Terra”... Provavelemente não saibas, mas quero deixar-te aqui que, apesar de achar que não me ligas como ligas ao “teu menino”, acho que, no fundo, sabes o quanto valho e que estás orgulho de mim (bem vi naquele dia as lagrimas de orgulho que não conseguiste disfarçar)... Digo-te aqui que, apesar de tudo, agradeço-te tudo o que fizeste e continuas a fazer por mim...
Desejo-te um Feliz Dia do Pai, que possamos passar ainda muitos dias juntos, e que cheguemos a uma altura em que possamos ser sinceros um com o outro.
A tua filha,
CA
Lindinha,
ResponderEliminarfiquei com água nos olhos...
Minha querida,
é muito bom ter um pai. Ninguém é perfeito, e ser pai não é tarefa fácil. Acredita que os pais só querem o bem dos filhos, mesmo que não saibam o que é o bem para os filhos. Mas a intenção está lá.
Eu estou nos dois lados, por isso sei avaliar... ou não! :)
Quando os feitios são parecidos, fortes, acontece isso. Sei por mim.
E depois, a menina deixa de ser menina, mas para o pai sempre será menina, apesar de ele bem saber que não o é mais.
Vá deixa lá os ciuminhos do mano... :) O mais velho é sempre o mais velho... a menina sempre menina!
É claro que tem muito orgulho em ti! Só pode!
(tens a certeza de que não te lê?)
:))
Beijão grande!
Feliz dia do pai, todos os dias!
ResponderEliminarO meu ganhou um beijinho hoje... ainda que por telemovel ;P
A sinceridade só é possível a quem ama e sente.
ResponderEliminarSentes lindo e amas muito... e o orgulho do teu pai de lágrimas a bailar diz o mesmo.
Tenho a certeza que são lindos (ainda mais se é igual a ti...) e que serão maiores.
Bjinhos
Gostei...um dia dirão o que não foi oportuno...felizmente eu já disse ao meu Pai tudo o que tenho a dizer...beijos.
ResponderEliminarApesar de não concordar em tudo com a Fa, isto é, o mais velho não tem absolutamente nada de especial e o mais novo também não. As meninas são realmente sempre meninas, mas os meninos também são sempre meninos... não me parece relevante nem a idade nem o sexo, mas concordo quando ela te diz para deixares a ciumite aguda... já sei que tu não vais gostar de ouvir, mas é o que eu acho, tu tens ciumes dele e ele morre de ciumes de ti!
ResponderEliminarQuanto ao resto que escreves, entendo-te, mas é como dizes, a culpa não é dele...
Para ti e para ele que seja um bom dia do pai... em paz! ;)
Beijo enorme primota!
(O meu foi como o da Ana, recebeu um beijinho por telemóvel :D )
bonita dedicatória.
ResponderEliminarsimples e sentida.
nos comentários está tudo dito, apenas parafrasearia Bertrand:
"Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um facto inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar"
bj grande.
Querida,
ResponderEliminarPasso a correr bem depressa para te deixar um grande beijinho!!!
(há por aqui muitas coisas lindas que quero comentar mas quando tiver um pouquinho mais de tempo para que o possa fazer comme il faut!)
Beijocas
CA
Olá Cátia
ResponderEliminarA personalidade gera o conflito, a Alma busca e aceita humildemente a verdade e a sua essência.
Espero sinceramente que o teu pai leia esta tua carta e veja que a sua filha é uma Alma honesta.
Um abraço
Com que então é ciumenta e a Tia não sabia.
ResponderEliminarSe a situação está assim ao fim de alguns anos, só te prescrevo uma solução.
Que tenhas filhos para compreenderes que os pais não fazem diferenças entre filhos. Têm é personalidades que se encaixam mais com uns do que com outros.
Eu só percebi isso quando fui mãe.
Com a minha mãe ainda hoje é um choque permanente e não é porque não gostemos uma da outra. Nem sequer duvido.
Com os meus filhos entendo-me melhor com um do que com outro mas amo os dois COM A MESMA INTENSIDADE QUE NEM SE PODE MEDIR. Só que um faz-me miminhos. O outro... NÃO.
Um dia vais aprender. QUESTÃO DE PERSONALIDADE, apenas.
Recomendação: Não sejas ciumenta com o mano. Ele não tem culpa de ter um feitio que encaixa no feitio do pai e tu não.
Beijos sobrinha linda
Espero que lhe dês a ler este texto, enquanto ele ainda o possa ler... beijos amigos
ResponderEliminarÉ quando os feitios são mais parecidos que pais e filhos têm tendência a chocar...
ResponderEliminarSabes que o teu pai está orgulhoso de ti... viste-lhe a tal lágrima que não conseguiu conter... Mesmo que ele nunca te diga isso, tu sabes que ele o sente.
Um beijinho grande!