Está a fazer um ano. Um ano de uma semana inesquecivel, e não pelos melhores motivos. Um amigo que morreu, e era preciso dizer a uma amiga que a pessoa que amava tinha falecido. Como se dá uma notícia dessas? Nunca ninguém está ou estará preparado, mas é nos momentos dificéis que mostramos quão forte somos, não é verdade? Depois uma procura infrutifera por notícias, um mover montanhas e no fim não se encontrar nada. Era preciso esperar e foi o que fizemos... Passaram-se 5 dias e quando aguardavamos pela ultima despedida... Ele acordou. Foram mal entendidos, foi uma confusão... Não sei, nunca percebi até hoje. Mas ele estava ali, à distância de um telefonema.
Eramos 4 jovens que, juntas, passámos por momentos impensáveis. Olho para trás e vejo aqueles dias como um filme de ficção, uma outra realidade misturada com a vida real.
Nunca mais falámos sobre o que se passou. Se calhar cada uma digeriu à sua maneira... Não sei. Digeriram?
Pergunto-me se ele saberá a quantidade de telefonemas que fizemos, dos sitios que corremos à procura de alguém conhecido, de um familiar, de um amigo e o resultado era sempre o mesmo: nada! Pergunto-me se ele saberá das lágrimas que nos limparam a face e que nos apertaram o coração...
Não me arrependo de nada do que fiz. Mostrei que sou uma amiga para todos os momentos, delas e dele. Mas no final não sobrou quase nada... Ele faz a sua vida como se nada tivesse acontecido. E nós... Acho que tentámos fazer o mesmo mas... Ficaram perguntas por fazer, respostas e explicações por dar, sentimentos por explicar e digerir... Fizemos luto por alguém que não morreu, e quando nos apercebemos, seguimos a vida normal... Mas é assim tão facil? Devia ter sido assim? Peço desculpa mas eu acho que não.
Pergunto: alguém me consegue explicar o que aconteceu naqueles dias?
Este é um post dedicado a 3 mulheres que admiro, amigas que respeito. Amigas que choraram pinguinhas comigo, companheiras desses dias que tenho para mim que estão dentro dos mais dificeis destes meus 26anos. Quanto a ti, protagonista desta história, gostava apenas que tivesses a noção do que passámos por ti, e por uma amizade que não valorizas.
Será que vale a pena valorizar quem não nos valoriza?
ResponderEliminarUm assunto a enterrar ou apenas mais um episódio do filme que vais realizar?
Beijos
Um ano, no fim desta semana que está a iniciar. É fácil lembrar-me, porque o "acordar" foi a minha primeira prenda de anos do ano passado.
ResponderEliminarSe eu digeri? Não. Só posso digerir o que engulo, e por algum motivo não fui capaz de engolir, mas acredita quando te digo que não perco o sono com isso.
As coisas têm sempre a importância que lhes damos. Está para fazer um ano, era importante, parecia quase vital entender, hoje, tudo me parece mais pequenino. Talvez porque sou mais fria, ou mais racional, ou egocêntrica ou seja lá o que for.
Tal como escrevi no teu outro blogue hoje de manhã, as pessoas passam pelas nossas vidas e todas à sua maneira são importantes, umas ficam mais outras menos tempo, mas mais tarde ou mais cedo quase todos vão, seja por um período ou para sempre. Isso não faz com que o que se viveu seja mau ou menos importante por ter terminado, tudo começa e termina e umas vezes recomeça e outras vive eternamente... na memória que é boa ou má consoante o permitimos. Não sei se ele foi embora, se fomos nós que saímos, se retomamos ou não o contacto, não sei e também isso não me faz perder o sono. Se lhe sinto a falta? Sim, mas não sei se dele, se daquilo que eu quis que ele fosse que não é necessariamente a mesma coisa.
Malabarista, louco, artista, poeta... lembras-te?
Para vocês, os quatro, que eu sei que vão ler e para vocês as duas em especial, porque me são especiais, um beijo enorme!
;)
Pelo menos aprende-se que a pessoa não merece minimamente o que se sofreu por ela! E...a vida continua. Beijos.
ResponderEliminarPrimeiro de tudo, tiro.te o chapeu pela coragem! Sim, para quem acompanhou o acontecimento, sabe que é preciso muita coragem da tua parte para voltares a tocar na ferida.
ResponderEliminarÉ preciso muita coragem para se dizer o que se pensa sempre que o coração grita por isso. Só assim conseguiremos ser mais fortes, unicos e independentes.
Quanto às várias questões que deixaste no ar, sabes que guardo as mesmas e não, o assunto não morreu, enquanto não houverem respostas concisas a respeito, o assunto não morrerá. Passe um ano, passem dois.... o que for.
Quanto ao resto... bem, a Marta deixou bem vincada uma opinião da qual partilho.
Beijinho para as duas!
o luto de um vivo é o luto que mais dói.
ResponderEliminarconheço a história...
pouca explicação de facto houve.
pensa: agiste de acordo como aquilo que és. só isso valoriza-te por si só...
beijo **
[try not think)
existem diversas mentalidades.
ResponderEliminarfalaste de um assunto sério.
de salutar realmente a coragem, pois tocar em feridas só para os fortes! e tu és forte.
A vida tem rectas e curvas...e tb atalhos.
Só faz falta que está.
O que se passou, não sei.
Mas, sofrer sem conhecer o sofrimento do sofrer é doloroso!
Este post termina de uma forma frontal e honesta.
Amizades correspondidas e/ou valorizadas...!
Mas deixo, da minha parte, a descoberto a minha máscara, muitas vezes (em certos momentos) não dou o valor devido a amizades verdadeiras que tenho.
Mas algumas amizades já estão tão enraizadas no coração que não tenho coragem de me deixar esfriar e/ou esmolecer, aconteça o que acontecer!
O que vai acontecer depois deste post? Creio que o protagonista vai dizer algo. Vai sim.
abraço dear e boa semana de trabalho.
bj para ti, Marta e Amy.
esqueci-me terminar, (opss)
ResponderEliminar...foste tu Cátia, foste simplesmente tu...portanto...a paz está contigo.
parafrasear a dear Marta:
"Não sei se ele foi embora, se fomos nós que saímos, se retomamos ou não o contacto, não sei e também isso não me faz perder o sono."
beijocas.
História impressionantes!... estranha atitude a de um amigo... estranha vida esta afinal... detesto assuntos mal resolvidos, prendem-nos ao passado... tenho muitos... é mau...bjo
ResponderEliminarMas que história...
ResponderEliminarComo disse a Marta, o melhor é não perderes o sono com isso e não dares mais valor do que essa pessoa realmente merece...
Bjs
Mas que história puxa...
ResponderEliminaramiga ,passo para te deixar um beijinho.
Lia
Esta é uma das histórias que marcou 2008, e apesar da maioria dos que passam por aqui terem acompanhado esta semana, só mesmo nós é que a saberemos contar... Acho que nem ele saberá tudo o que foi vivenciado.
ResponderEliminarSe me tira o sono? Não... não escrevi este post por esses motivos. Apenas porque estou numa de encerrar capitulos e este, pelos vistos encerrará sem respostas.
Ana, estou certa que também tu gostarias de ter respostas, mais que eu provavelmente mas... não será ainda agora. E sim, também acho que foi preciso coragem para falar disto, afinal foi um assunto que nunca mais tocámos.
Acho que tens razão Marta, existem mesmo pessoas que apenas são especiais enquanto ficam... Ficam as lembranças, não é?
Poderia dizer mt mais sobre este assunto, mas não o farei. Desafiei 2 pessoas a virem aqui desabafar, comentar, dar algumas respostas, que não compareceram... Tenho pena...
Fica-me na memoria que a amizade feita por estas bandas também une as pessoas, e move-se montanhas quando assim é preciso...
Pois bem, se não aparecer nenhuma resposta, nenhuma palavra que acrescente algo a este assunto... Esta foi a ultima vez que referi este assunto.
Beijinho a todos, principalmente a voces duas, companheiras de jornada.
Ps - Na vespera de saber que ele tinha acordado, numa altura que precisava distrair para ignorar as lágrimas, pintei um quadro... Está guardado até hoje, não o vejo há quase um ano... Ficará por lá.
E continuamos sem respostas... beijinhos às duas!
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